A Coester ingressou na Associação PROFIBUS buscando a troca de experiências e para auxiliar na disseminação da tecnologia no país. “A empresa tem contribuído de diversas formas nos eventos promovidos pela Associação, por acreditar que quanto maior o conhecimento sobre PROFIBUS no mercado, mais fácil a sua utilização. A Coester emprega a tecnologia em seus produtos desde 1999 e é associada desde 2006”, detalha Carlos Henrique Hennig, Gerente de Tecnologia.
A empresa, fundada em 1963, é especializada na fabricação de atuadores elétricos, redes industriais, redutores, conectores para redes industriais e unidades mestre. Líder do Brasil no segmento, a empresa está presente em diversos países. Realidade conquistada graças à certificação ISO 9001, a qual vem comprovar a qualidade de seus produtos, todos dentro das normas internacionais para as áreas classificadas (Ex).
Toda a linha de atuadores elétricos multivoltas e 1/4 de volta desenvolvidos e produzidos pela Coester tem opção de comunicação PROFIBUS-DP, PROFIBUS-DPV1 ou PROFIBUS-DPV1 redundante (REDCOM). “Além dos produtos com interface PROFIBUS, a equipe técnica conhece profundamente a tecnologia, pois desenvolveu internamente todas estas soluções e tem capacidade de oferecer produtos customizados para os clientes”, pontua Hennig.
Na área de serviços, a empresa oferece suporte desde o projeto de rede até a posta em marcha da planta, integrando os seus produtos a estrutura de automação do cliente.
Recentemente lançou no mercado um conector para redes PROFIBUS que permite a conexão e desconexão a quente de dispositivos em áreas classificadas (Ex) chamado de Conector "Hot Disconnect". Este conector substitui as caixas de derivação no campo e evita a parada da rede no caso de necessidade de desconexão de algum dispositivo na área.
O Gerente de Tecnologia conta que a integração dos produtos Coester em redes PROFIBUS já é feita por sua equipe técnica há mais de dez anos. “Neste período aprendemos que o sucesso depende de instalações bem feitas e bem planejadas. Desta forma, o mais expressivo são as várias centenas de produtos que temos operando de forma ininterrupta, nos mais diversos clientes e nos mais variados segmentos de mercado”, enfatiza.
Hennig avalia que, como inicialmente as diferentes tecnologias de barramentos foram desenvolvidas por diferentes empresas, com penetração e sucesso em mercados geograficamente diversos, a popularidade de cada tecnologia é diferente dependendo da região. Principalmente devido a razões históricas, o foco e sucesso de cada organização. “Por exemplo, WorldFIP, desenvolvido pela Schneider-Electric, é praticamente encontrada apenas na França, enquanto PROFIBUS e DeviceNet têm uma grande fatia do mercado mundial graças ao sucesso da Siemens e Rockwell Automation e o posterior trabalho realizado pela PNO (PROFIBUS Nutzer Organization) e pela ODVA (Open Device Vendor Association). Na Ásia existem grandes diferenças entre os países; o CC-Link tem a maior parte do mercado japonês, o DeviceNet é o mais comum na Coréia do Sul e o PROFIBUS tem grande sucesso na China. Na América do Sul e principalmente no Brasil, o PROFIBUS é claramente o líder. Notadamente, as principais diferenças ocorrem se compararmos a América, a Europa e a Ásia”, pondera.
Ele entende que o mercado brasileiro em alguns segmentos ainda é iniciante na utilização de redes industriais, e, por esse motivo, a aplicação de redes deve crescer de forma mais expressiva nos próximos anos. “Alguns segmentos, como por exemplo, água e saneamento, recém estão utilizando mais intensivamente a tecnologia. Tem se notado que o PROFIBUS tem sido padronizado em vários mercados e com isso o uso da tecnologia e o conhecimento geral tem crescido consideravelmente. Com a pressão dos usuários na utilização de protocolos abertos e padronizados, o PROFIBUS tem se destacado como protocolo mais conhecido e forçado os fabricantes de equipamentos a disponibilizar cada vez mais produtos com PROFIBUS. Por sua vez, com a disponibilidade cada vez maior de fornecedores de produtos PROFIBUS, o mercado também adota aquela que tem maior concorrência entre produtos. Essa roda é que tem desenvolvido rapidamente o mercado de produtos PROFIBUS no Brasil. Também deve ser destacado o trabalho da associação PROFIBUS do Brasil, que tem feito vários esforços na disseminação da tecnologia através de eventos, e disponibilizando informação técnica e documentação sobre o protocolo em português”, conclui.